



Um dia que começou de forma tranquila mas que mudou o resto de nossas vidas. Assim foi 12/11/208. Acordamos cedo para a consulta semanal com o Dr. Fábio, o obstetra. Eu não estava sentindo nada de diferente mas olho de médico é outra coisa. Logo ele percebeu que eu estava com contrações. Eu já tava acostumada com contrações, no fim da gravidez a gente sempre tem um monte, nem tava preocupada pois não estava doendo mas ele resolveu verificar o espaço entre elas, em dez minutos tive três e ele falou que eu já estava entrando em trabalho de parto. Como íamos fazer cesárea mesmo não tinha motivo para esperar o trabalho de parto adiantar mais e já saí do consultório com a guia de internação e horário marcado para as duas da tarde. Fomos dar entrada na internação e eu não tinha levado nada!!! Saimos de casa para uma consulta e não para o parto! Perguntei ao recepcionista quanto tempo para a liberação do convênio e ele informou que era mais ou menos quarenta minutos, voamos para casa pegar as malas e avisar a quem deveria ser avisado. O Júnior ficou hiper nervoso, não parava de andar de um lado para o outro e eu, calmíssima, arrumando as roupas para nossa estada no hospital. Voltamos e ainda nada do convênio liberar, fiquei na recepção do hospital enquanto o Júnior ia almoçar e encontrei o primo dele, o Anderson. Conversamos e ele ficou mais nervoso que eu quando soube que ia parir naquele dia. Depois de muita espera o convênio liberou, o hospital preparou o quarto e subimos. Já estava em cima da hora marcada. Logo apareceu uma enfermeira que me pediu para trocar de roupa e me colocou na maca para irmos ao Centro Obstétrico. Ainda fiquei um tempo esperando os médicos chegarem para começarmos os trabalhos. Quando foi para dar a anestesia sofri um pouquinho pois o médico não acertava de jeito nenhum, me picou umas seis ou sete vezes até que a dra Raquel, que acompanhava o parto, pediu para trocar um pouco de posição e deu certo. Deitei e fiquei conversando com o Júnior, dizendo que tava sentindo a minha perna, que a anestesia não tava fazendo efeito e ele rindo de mim, pois a essa altura a Valentina já tava quase nascendo. Passado alguns minutos o dr. Fábio me disse para segurar a barra pois eu estava com muito líquido amniótico e ia ser um pouco mais difícil, já que ela era muito pequena e iam fazer pressão para empurrá-la para baixo. A assistente começou a apertar a minha barriga para baixo e o dr teve que ir buscar Valentina lá dentro já que ela não queria sair. Foram alguns segundos e ele disse pro Junior ir tirar fotos que ela tava nascendo. Não esqueço a dra. Raquel dizendo que ela era um toquinha, o que foi particularmente estranho e engraçado pois o apelido do Junior quando era criança era Toco. Eu só ví o Junior levantando e saindo correndo atrás da cria, brinquei com o dr. Fábio dizendo que tinha acabado de ganhar uma filha e perdido o marido. Mais alguns segundos e ouvi o seu choro forte pela primeira vez, ela estava sendo avaliada pelo pediatra. Nesta avaliação o pediatra avisou ao Júnior que ela tinha quatro estigmas: o CIV, implantação baixa das orelhas, fenda única na mão e a posição dos mamilos um pouco mais baixa e separada. Disse que ela não tinha síndrome de Down mas que seriam necessários outros exames para um diagnóstico. O Júnior voltou com os olhos brilhando, dizendo que ela era linda, pequenininha e bem brabinha. Mais um pouquinho e a enfermeira a trouxe para eu ver, que coisa mais linda! Conversei um pouquinho com ela, dei beijinhos e a levaram para a encubadora. Depois de terminada a cirurgia fui para a sala de recuperação esperar a anestesia passar. Dormi e, quando acordei, já era hora de irmos pro quarto. No começo da noite ligamos na UTI Neonatal para ter notícias e disseram que ela estava bem. Como só poderíamos vê-la no dia seguinte, no horário de visitas, nos concentramos em minha recuperação com bastante descanso para nós dois, que estávamos muito cansados.
Cara Alessandra,quanta garra,coragem,determinação,amor.Deus na sua infinita bondade te abençoe todos os dias e te dê forças pra continuar fazendo sua princesinha feliz.Deus dê muita saúde e ilumine sua filha,vc e sua família, para que vocês continuem sempre empenhados,confiantes e determinantes para que dias cada vez melhores sujam em suas vidas.Também sou mãe de uma Valentina.Tão linda como a sua!!Parabéns!!!
ResponderExcluir